sábado, 5 de setembro de 2009

Afinal, que porra é essa de steampunk?

Steampunk  é um estilo de ficção científica que teve origem no século XIX, em romances de mentes inovadoras como Júlio Verne, H.G. Wells e Mary Shelley (sim, estou falando de Frankenstein) nos quais as consequências da evolução tecnológica humana já eram mencionadas. Foram obras escritas da mesma forma que se escrevem as ficções científicas no dia de hoje, porém a base da imaginação tinha era o maquinário presente; motores movidos a vapor que, extremamente evoluídos, operavam aviões, automóveis e até robôs. Para máquinas mais avançadas, ousava-se aplicar a eletricidade.
Essa denominação propriamente dita surgiu em meados dos anos 80, para destacar contos cyberpunk ambientados no passado, preferencialmente na era vitoriana (1837-1901), que fugiam da premissa cibernética para a tecnologia a vapor, se utilizando de temas noir ou pulp fictions. Não é a toa que steam, em inglês, seja a palavra para vapor.
Passado para os filmes, foi um subgênero bem popular nos anos 80 e 90, representado por filmes de terror como o próprio Frankenstein (que até ganhou uma remake em 1994, mais fiel ao livro) e A Noiva de FrankensteinDe Volta Para o Futuro, Edward Mãos de Tesoura, O Homem Bicentenário, A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça, Hellboy, Capitão Sky e o Mundo de Amanhã e por aí vai... na verdade, não é muito certo dizer que o estilo perdeu popularidade, mas desde 2005 as propostas steam começaram a ficar um pouco menos identificáveis, exatamente por causa da tecnologia envolvida. Vários filmes lembram o estilo ou o retomam, mas de forma tão misturada que já vem sendo difícil conceituar certas obras.
Na moda, muitos buscam o steampunk através do uso de acessórios personalizados com muita lataria, couro e, no caso de alguns objetos, madeira. Designers que confeccionam produtos nesta linha normalmente preferem fazê-los a mão, de forma artesanal, buscando manter um aspecto underground bem característico - até porque as vestimentas costumam ser super elaboradas, como verdadeiras versões futuristas das exibidíssimas roupas vitorianas.
Um dos meus estilistas favoritos é o britânico Nicolas Chambon, que desenvolve, monta e envia seus goggles sozinho, sem intenções de aumentar sua "empresa".
Se você quer saber mais, o portal brasileiro Carcasse é uma excelente referência e no caso de roupas e acessórios você ainda encontra coisas pelo Mercado Livre ou nas Galerias do Rock da vida... mas o que compensa mesmo é um cartão de crédito internacional, de preferência com uma bela economia pra debitar sem dó rs

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