segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Tá ficando demais...

E olha que não tô falando no sentido positivo!
Bom, a Camila Make Up veio me contar que o Zombie Boy tá no clipe novo da Lady Gaga... o que não deixa de ser algo previsível, uma vez que quem assumiu a direção de criação da casa Thierry Mugler foi o stylist da Lady, Nicola Formichetti; vc pode conferir estas informações aqui mesmo, dentre elas a de que a própria Gaga ficou responsável pela diretoria musical da marca também... aí é um festival de lavação de mão que a gente até entende: a música tema da coleção "Anatomy of Change" ("anatomia da mudança", em tradução livre) é, obviamente, a "Born This Way", ou seja, não é nenhuma novidade que o Zombie Boy apareça no clipe exatamente do mesmo jeito que desfilou, enrolado em plástico... tá, vá lá, mas.... vamos ao clipe



o discursinho antes da música já me deu canseira: "This is the manifesto of mother monster..." e bla bla bla, "boundless freedom" e bla bla bla, e mundo alienígena em constelação cm formato de útero e bla bla bla, e "good and evil" e bla bla bla, vai proteger os filho,... OI, CADÊ A MÚSICA?... gente, a muié faz uma porra semi-filosófica-contra-preconceitos-chocante-wannabe pra ilustrar esse raio dessa música de academia?

desde "Alejandro" que o povo cansou de me ouvir falar que o clipe era agressivo demais pra uma música fraca demais, agora aconteceu isso multiplicado por 100, porque ela já não tinha mais onde forçar a esquisitice, botou uns chifre na testa e nos ombros, um olho no queixo e saiu isso aí...
ainda acredito que ela tenha seu valor como artista, tem uma atitude bem interessante quando entrevistada, mas também acho que ela há muito saiu do âmbito da inovação e tá fácil fácil caindo no ridículo!

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Ótima ideia!

Eu, muito epiléptica, sou a favor desse cara regravar todo o "Butchered at Birth" em versão lounge; pra mim ia ser o cd do ano!

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Tô apaixonada

Sério, quer iniciativa mais genial que esta? O Red Bull Street Art View reúne as imagens do Oráculo Google Street View que mostram artes de rua espalhadas por todo o mundo! Serve também pra ver a defasagem das cidades pequenas no que diz respeito a essa forma de arte, que quase só aparece nas capitais... mas vale a visita! (fiquei sabendo pelo twitter da Zupi)

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Girl power


Darcy Nutt tem 32 anos e tatua desde 1999. Você pode encontrá-la no estúdio Chalice Tattoo, em St. Boise, Idaho. Além da preferência pelos body suits e pelas tatuagens que se encaixam anatomicamente ao corpo, seus trabalhos passam pelo realismo, reproduções de obras de arte, oriental e americano tradicional.








Damn, can I get my new tattoo now?

Uma outra classificação que ainda não usei aqui, talvez por falta de atenção, é o neo-tribal, estilo que se aplica muito bem a Nazareno Tubaro, que tatua desde 1997, em Buenos Aires. O nome vem, obviamente, para designar novos artistas que se especializam em tatuagens com motivos tribais ou apenas inspiradas no tribal, utilizando técnicas como o dotwork (pontilhismo) e o blackwork (desenhos inteiramente em preto). Entre os trabalhos de Nazareno estão as belíssimas tattoos anatômicas da diva La Negra!







domingo, 13 de fevereiro de 2011

E ainda outro

No mesmo estúdio em que trabalha AgRypa, você também pode se deparar com a incrível versatilidade de Piotr "Deadi" Dedel, outro cara novo que anda impressionando, com apenas 28 anos.










Mais detalhismo

De outra artista polonesa, Agnieszka "AgRypa" Rypinska de 27 anos, que trabalha em Krakow (mais fácil de falar, neam?!), tatuando no estúdio 9th Circle Tattoo desde 2007. Apesar de ser detalhista, seus belos trabalhos não são sempre tão realistas, mas suas flores e coberturas merecem destaque!







Bateu vontade de aprender polonês

Pelo menos pra conseguir pronunciar o nome da cidade de Szczecin, Polônia, onde fica o estúdio de Anabi, 29 anos. E como eu falei, com outras palavras, no post anterior, acho fundamental que o tatuador preste atenção aos detalhes... e esse cara presta bastante!





Continuação pela arte

Outro dia dei um sermão básico aqui no blog mas não falei tudo que queria. Quando a gente fala/escreve demais, também, o povo acaba não lendo. Tem gente que tem preguiça, né?
Da mesma forma, tem tatuador que também tem preguiça. Preguiça de estudar desenho porque já passa o dia inteiro desenhando, preguiça de usar uma técnica só porque o desenho demoraria mais a sair - contudo, sairia bem melhor - e por aí vai...

Normal ter aqueles dias ruins, em que rola maior falta de atenção; passar o dia inteiro traçando e colorindo também deve ser bem cansativo, ainda mais quando aparecem aqueles desenhos que são tatuados umas 57 vezes por semana... mas exatamente por repetir a mesma coisa tantas vezes é que um tatuador deveria aproveitar a situação para, por exemplo, melhor a técnica, experimentar um pouquinho na hora de colorir, de traçar, de sombrear - e não fazer aquele 57º desenho repetido da semana com desdém e negligência porque já o fez tantas vezes que nem se dá ao trabalho mais de prestar atenção no que está fazendo... é quando se entrega a este pensamento que o cara faz a cagada!

Sinceramente, eu fico pra morrer quando faço o seguinte comentário de uma tatuagem: "faltou um traço aqui!" ou o oposto: "ele passou o traço aqui!", "que traço é esse aqui?" ou pior: "o que que é isso aqui?"...Acredito que quando isso acontece é porque o tatuador não estava prestando atenção ou não parou, em algum momento, para conferir o trabalho... uma outra postura que também acho um tanto quanto decepcionante...

Tattoo inacreditável

Não sei quem é e não sei quem fez, mas tinha de compartilhar esta tattoo com vocês porque ela é, no mínimo, bizarra e cômica! Mas interessante também! hahahaha

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Admiração

O que vem à sua cabeça ao admirar o trabalho de Adrian Lee? Ele fundou o coletivo NewSkool em 95, que hoje é chamado de Analog Tattoo Arts Kolectiv ("ATAK") e seu mais recente projeto foi a produção e lançamento do livro "Bloodwork: Sleeves", contendo fotos do que, em inglês, traduzimos literalmente como "mangas", não apenas as mangas que cobrem os braços, mas o corpo todo, ou seja, preenchimentos. Veja alguns feitos pelo próprio:










Arte pela arte

Lendo o blog do André Rodrigues (fiz um post sobre ele bem no começo da atividade do blog!), fiquei pensando em como é complicado falar do que diferencia um bom tatuador de um artista de verdade, porque as aparências são as mesmas, ambos trabalham em estúdios com seus quadros na parede, tem pastas e mais pastas de desenho, mas não é porque pinta um quadro que dá pra falar que um tatuador é um artista, ou melhor, que tem a essência de um artista. Ainda mais quando se tem a arte como profissão, espera-se que você leve a arte do desenho a um nível profissional - e como você se torna um profissional? Ora, como em qualquer outro caso: estudando!

Acho que é aí que está a maior dificuldade; eu, como artista, acredito que ainda não estou no nível de poder ganhar a vida com a minha arte, acredito que ainda tenho muito a aprender e a desenvolver. Mas também sei que não sou de todo ignorante; tenho conhecimento de técnicas, de teorias, além de saber como aplicá-las quando necessário - algo que faço em tela e papel. E a quantidade de vezes que eu pego em uma tela ou em um papel no qual pretendo desenvolver uma "arte final" é ínfima se comparada à quantidade de vezes que passo horas, até dias, rascunhando para conseguir chegar a algo que eu ache que valha a pena tentar fazer virar um quadro. Levei mais de um ano de curso de desenho para fazer algo que quisesse pendurar na parede - e, sinceramente, quando observo, acho que nada merecia ter sido pendurado.
Ok, eu sou exigente. Pra caralho. Mas não quero tentar vender algo que não satisfaz nem a mim mesma, autora da obra.

Agora imagine alguém que tenha um estabelecimento no qual você vai e paga uma grana considerável para ter um desenho dele no corpo para o resto da sua vida - vamos só ter em mente que não dá pra apagar uma tattoo por completo.

No estúdio, 90% do tempo, clientes veem o tatuador fazendo cópias de desenhos. Você chega e lá está o cara com um xerox e um carbono por baixo para transferir o desenho para a pele - desenho provavelmente tirado de uma revista, de um livro -, podendo mudar uma ou outra coisa direto naquele desenho. Quantos de vocês já viram um tatuador fazer um desenho para o cliente ali, na hora, etapa por etapa? - Tudo bem, é demorado, digamos que presenciar fazendo um rascunho, desenvolvendo uma ideia numa folha em branco.

Vocês já repararam se o tatuador do estúdio em que você se tatua tem livros de arte variados, apostilas, materiais de referência - ou ao menos se comenta deles - ou só tem aquelas revistas de tatuagem compradas na banca?

Você se sentiria mais seguro entregando sua pele a um indivíduo que "desenha desde criança" ou a um que "ainda está fazendo um curso de desenho, mas faz questão de estudar todos os dias"?

Se você parar para analisar, vai ver o quão inferior é o trabalho do primeiro em relação ao segundo se aquele que "curte desenhar desde criancinha" continua desenhando, como fazia, até hoje. É o velho problema da acomodação; a pessoa chegar num nível e achar que "está bom assim" e que "já sabe desenhar", "só precisa melhorar".  Perceber este tipo de atitude em alguém que poderia até ter potencial caso se interessasse em estudar desenho é o que me deixa decepcionada em certas ocasiões.

Nem sei se me fiz entender, mas há muito que ando querendo expressar minha decepção e indignação quase generalizada.